Desporto RUC

Um jogo entre duas equipas com percursos diferentes neste início de campeonato. O Rio Ave, apenas com um ponto conquistado, fruto do empate em Guimarães, necessitava urgentemente de vitórias. A Académica, com sete pontos alcançados nas quatro primeiras jornadas, vinha de uma vitória expressiva frente à Naval 1º de Maio.

A primeira parte foi pautada por um domínio da formação de Vila do Conde, perante a apatia da Académica. Mais forte, mais rápida e com mais oportunidades, o Rio Ave conseguiu mesmo chegar ao golo ao minuto 28, num remate de João Tomás. Um lance em que o jogador está claramente em posição irregular.

Ao quadragésimo minuto, a Briosa ficou reduzida a 10 elementos, por expulsão de Addy, após palavras dirigidas ao assistente do árbitro Hugo Miguel. Se o cenário já não era favorável, após este lance, a vida ficava mais complicada para os pupilos de Jorge Costa.

Ao intervalo, o técnico da Académica abdica do seu única ponta de lança, Miguel Fidalgo, colocando em campo Amoreirinha, no lugar de lateral direito. A jogar em claro contra-ataque, a equipa de Coimbra consegue chegar ao empate, volvidos apenas seis minutos da etapa complementar. Uma grande joga de insistência de Diogo Melo, para uma finalização perfeita de Diogo valente.

Mas este golo não afectou de todo a equipa de Vila do Conde, pois quatro minutos depois, um cruzamento perfeito de Wires, foi aproveitado da melhor forma por João Tomás. Segundo golo do Rio Ave e o segundo na sua conta pessoal.

Este era sem dúvida o melhor período do jogo, pois se de um lado tínhamos um Rio Ave mais dominador, por outro tínhamos uma Académica sempre à espreita do contra-ataque. Não demorou muito para voltarmos a ver alterações no placard. Desta feita, Sougou a desmarcar-se muito bem, após passe de Hugo Morais, e a não dar hipótese a Mário Felgueiras.

O empate estava conquistado, uma excelente resposta da Académica de Coimbra, mesmo a jogar com dez elementos.

Até ao final do jogo, o Rio Ave foi aumentando a sua pressão junto do último reduto da Briosa, mas a atenção da defensiva e o guardião Peiser, evitaram qualquer alteração no resultado.

A divisão de pontos acaba por ser um resultado justo, numa partida em que o principal interveniente foi a equipa de arbitragem, o que não é favorável para o espectáculo.

Homem do jogo (para a RUC): Peiser; Atento, sereno, com enorme elasticidade. Uma garantia de segurança no último reduto da Académica. Um punhado de grandes defesas.